segunda-feira, 25 de abril de 2011

Os temidos Tsunamis

Do japonês TSU= Porto e NAMI = Onda. Os Tsunamis são grandes ondas ou sucessão de ondas marinhas que se desloca através do oceano até por milhares de quilômetros em alta velocidade (pode viajar a mais de 700km/h), com grande comprimento de onda (pode ter mais de 100km) de pequena amplitude (metro a poucos metros) e que torna-se catastrófica ao atingir as profundidades menores das linhas de costa onde eleva-se a grande altura (30 a 40 metros), invadindo violentamente as praias.



Um tsunami pode ter várias origens: tremores sísmicos ou terremoto no assoalho oceânico (maremoto), por diastrofismo e/ou vulcanismo principalmente; deslizamentos com grandes avalanches submarinas em áreas de talude, geralmente provocadas por abalos sísmicos; impacto meteorítico.
Devido a pequena amplitude, as ondas de tsunamis são mal percebidas por quem navega em águas profundas de oceano aberto.
Momentos antes de elevar-se e atingir catastroficamente a costa, a tsunami, devido ao grande comprimento de onda, provoca um rebaixamento do nível do mar que recua significativamente o que pode servir de aviso silencioso para a população procurar rapidamente fugir para área elevadas.
As ondas de marés e as ondas provocadas por tufões, mesmo podendo ser catastróficas, não são elencadas como tsunamis.



A possibilidade de ocorrer um tsunami na Europa, na África e no Brasil é pequena. Já em continentes que são margeados pelo oceano Pacífico, as chances são maiores. Isso acontece porque há menos vulcanismos e movimento de placas tectônicas nas bordas dos continentes localizados às margens do oceano Atlântico do que em continentes com costa voltada para o Pacífico.
O fato é que a onda gigante pode viajar por centenas ou até milhares de quilômetros no oceano. Um terremoto no Chile pode provocar um tsunami na Austrália. São raros os tsunamis gigantescos que destroem vilas ou cidades c0osteiras. A maioria deles é muito fraco e gera ondas com poucos centímetros.
Existe a possibilidade de que a altura do tsunami aumente durante a viagem pelos oceanos. Uma onda com altura entre dois e quatro metros pode crescer ao atingir águas rasas que estejam próximas ao ponto de impacto da onda com a costa.

Praticamente livres de Tsunamis

Tsunamis desse tipo já aconteceram na Califórnia, no Oregon e em Washington, estados localizados na costa dos Estados Unidos voltada para o oceano Pacífico. As ondas tinham entre dez e 18 metros. Existem pessoas que não sentem medo de ondas desse tamanho. Para alguns surfistas malucos, essa é a oportunidade de tentar pegar a maior onda de suas vidas.
Muitos países atingidos por tsunamis construíram centros para estudar esse fenômeno, como o Japão, os Estados Unidos, a Austrália e a Costa Rica. O objetivo é evitar catástrofes maiores. O monitoramento é feito através de sismógrafos posicionados ao redor do planeta e que emitem dados diários sobre a movimentação no interior da Terra. Os observatórios trocam esses dados e outras informações para que os pesquisadores possam prever quando um tsunami acontecerá e quanto tempo será necessário para ele chegar à costa. Com esse cuidado, as pessoas podem ser retiradas rapidamente das áreas de risco e levadas para locais seguros. Assim, o número de vítimas e os prejuízos materiais diminuem.
Há centros de pesquisa que estudam a possibilidade de o impacto da queda de asteróides nos oceanos em tempos remotos ter provocado fortes tsunamis.
Como conseqüência, mudanças drásticas na zona costeira teriam ocorrido, como o desaparecimento de algumas espécies e mudanças nos rumos da evolução de outras.
Esses fenômenos naturais mostram como a Terra é dinâmica, está em constante mudança e que é preciso aprender a conviver com eles.
Embora as ondas geradas pelos tsunamis possam se propagar a 800 Km/h, os navegadores quase não dão conta por elas. No entanto, ao aproximarem-se do litoral, essas montanhas de água erguem-se subitamente, devastando tudo à sua passagem.
Os tsunamis atravessam o oceano em poucas horas. Em 1960 um terremoto sacudiu o Sul do Chile. Menos de 24 horas depois, do outro lado do mundo, esse tremor deu origem a um tsunami que devastou as costas do Japão. Outro tsunami famoso foi o da ilha de Krakatau (antes conhecida como Krakatoa) na Indonésia, em 1883. Ele aconteceu por causa de grandes erupções vulcânicas nas Índias Orientais o que provocou nas costas de Java, Sumatra e ilhas vizinhas ondas terríveis, com 30 m de altura. Esse tsunami destruiu completamente a cidade de Merak, levando um navio 2,5 km para o interior da ilha, a 10 metros do nível do mar! Nesse tsunami, mais de 36 mil pessoas morreram. Antes disso, em 1755, ondas com mais de 20 metros de altura atingiram o litoral de Lisboa, capital de Portugal, destruindo a cidade e matando centenas de pessoas.



AS PLACAS TECTÔNICAS

A crosta do nosso planeta é dividida em cerca de 20 pedaços, conhecidos como placas tectônicas. Essas placas encontram-se sobre o manto, a camada interior da Terra que é formada por "material gelatinoso". O núcleo da Terra aquece o material do manto, que se torna mais leve e sobe. Ao subir, ele esfria, fica mais pesado e desce. Assim acontece a movimentação do material aquecido no interior do nosso planeta, as chamadas correntes de convecção. Elas movimentam as placas tectônicas, que podem se afastar uma das outras ou chocar-se. Como os continentes encontram-se sobre as placas tectônicas, acompanham o movimento.
No hemisfério Sul, há cerca de 150 milhões de anos, no período Jurássico, as correntes de convecção dividiram em pedaços o megacontinente Gondwana. Elas fraturaram a crosta terrestre e separaram a América do Sul, África, Austrália, Antártica e Índia. Nas regiões de Gondwana, que hoje são Brasil e África, as correntes de convecção formaram fissuras e fraturas na crosta terrestre, o que gerou derramamento de lava. A ação contínua dessas forças também rompeu completamente a crosta terrestre e formou o oceano Atlântico. Porém, ele não parecia o vasto mar que é hoje: a fragmentação de Gondwana formou apenas um pequeno oceano, que só "cresceu" quando Brasil e África começaram a se afastar de forma gradual há, aproximadamente, 135 milhões de anos.
Quem pensa que Brasil e África já encontraram sua posição no globo terrestre depois de tantos milhões de anos em movimento, engana-se. As placas tectônicas sobre as quais os dois países estão localizados continuam a se afastar com velocidade média de dois centímetros por ano. Como o movimento das placas tectônicas é bastante lento em relação às dimensões da Terra, nós não percebemos a movimentação dos continentes. Mas equipamentos sensíveis comprovam que eles se movem.



Onde se encontram as placas tectônicas


Tsunamis mais devastadores

Tsunamis, como o que atingiu o arquipélago de Samoa, no oceano Pacífico, na terça (29), são séries de ondas que viajam a mais de 800 km por hora, causadas por movimentações no fundo dos mares como erupções vulcânicas, terremotos submarinos e deslizamentos no fundo do oceano. Esses tremores provocam ondulações propagadas na superfície do oceano.
Em dezembro de 2004 um tsunami atingiu a Indonésia e mais 11 países e matou aproximadamente 220 mil pessoas. A origem foi um terremoto que chegou a 9,2 graus na escala Richter. Veja o vídeo da tragédia e depois a cronologia com os tsunamis que mais mataram na história:

                         

2011 : Podemos incluir o desastre do Japão nessas estimativas, porém vamos continuar !

26 de dezembro de 2004: O pior tsunami da história foi causado por um terremoto no Oceano Índico, na ilha de Sumatra, próximo à Indonésia. Mais de 220 mil pessoas foram mortas em diversos países asiáticos, principalmente na Indonésia, no Sri Lanka, na Índia e na Tailândia. A onda de inundações costeiras chegou a milhares de quilômetros de distância. Também houve mortes na Somália, Tanzânia, Quênia e Madagascar.

17 de Agosto de 1999: Um terremoto de grandes proporções gerou um tsunami do mar de Mármara, na Turquia. Estimativas oficiais indicam que cerca de 17 mil pessoas morreram e milhares ficaram feridas.

22 de maio de 1960: No Havaí a população de uma aldeia inteira foi retirada a tempo por causa do sistema de alerta sobre tsunami. Apesar disso, 61 pessoas morreram. No Chile, onde as ondas se formaram, mil pessoas foram arrastadas e mortas por uma onda de 16 metros de altura.
                  Eugene Hoshiko/AP
  Eugene Hoshiko/AP
 Maior tsunami da história atingiu a Indonésia e mais uma dezena
      de países em 2004, provocando mais de 220 mil mortes.


2 de dezembro de 1908: Devido a um terremoto e ao tsunami que se seguiu, a cidade de Messina, na Itália, foi quase completamente destruída. Mais de 75 mil pessoas foram mortas.

15 de junho de 1896: Durante uma cerimônia religiosa milhares de japoneses foram surpreendidos por uma onda de 23 metros de altura. O tsunami batizado de saraiko matou aproximadamente 26 mil pessoas.

1º de novembro de 1775: Um terremoto no leste do oceano Atlântico destruiu dois terços de Lisboa, capital portuguesa. Quem procurou abrigo às margens do rio Tejo morreu devido a um tsunami. O total de mortos passou dos 60 mil, e as ondas também provocaram danos na Irlanda.

26 de setembro de 1950: Um forte terremoto acompanhado de uma erupção marinha numa ilha próxima à Grécia gerou ondas de 16 metros de altura.

18 de novembro de 1601: Foi o primeiro tsunami documentado e aconteceu na cidade de Lucerna, na Suíça. Abalos sísmicos provocaram deslizamentos na terra, criando ondas de até 4 metros de altura. Oito pessoas morreram



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